Software legado, como evitar?

No cenário em constante evolução da tecnologia, a gestão eficaz de sistemas de software é fundamental para o sucesso de qualquer organização. No entanto, um desafio persistente que muitas empresas enfrentam é o surgimento de software legado, sistemas desatualizados e difíceis de manter que podem prejudicar a agilidade e a competitividade. À medida que as empresas buscam inovação e eficiência, a presença de software legado pode ser um obstáculo significativo em seu caminho.

Este artigo se propõe a explorar a problemática do software legado, examinando suas causas e impactos, além de oferecer orientações práticas sobre como evitar a criação de sistemas desatualizados no futuro. Descobriremos que, embora o software legado seja comum em muitas organizações, há estratégias e melhores práticas que podem ser adotadas para minimizar esse problema e garantir que a tecnologia seja uma aliada, e não uma limitação, para o crescimento e o sucesso empresarial. Vamos mergulhar na complexa questão do software legado e descobrir como as empresas podem trilhar o caminho rumo a sistemas mais modernos e eficazes.

Impacto de aplicações obsoletas

Conseguir medir o impacto das aplicações legadas é um dos primeiros passos para entender que a modernização é super importante para seu negocio.

Medir o impacto de aplicações obsoletas permite que as empresas compreendam melhor os desafios que enfrentam e tomem medidas concretas para melhorar sua eficiência, reduzir custos e se manterem competitivas em um ambiente de negócios em constante evolução. Isso ajuda a promover uma gestão de TI mais eficaz e a maximizar o retorno sobre o investimento em tecnologia.

Ok, mas como faço isso??

Aqui estão algumas abordagens e métricas que podem ajudar a avaliar esse impacto:

  1. Tempo e Recursos Gastos em Manutenção: Uma das maneiras mais diretas de medir o impacto de aplicações obsoletas é calcular o tempo e os recursos que a equipe de TI dedica à manutenção desses sistemas. Isso inclui correção de bugs, atualizações de segurança e ajustes para garantir a compatibilidade com outros sistemas.
  2. Tempo de Inatividade: Registre o tempo de inatividade causado por problemas relacionados a aplicações obsoletas. Isso pode afetar a produtividade dos funcionários e a disponibilidade de serviços críticos.
  3. Custo de Suporte Técnico: Analise os custos associados ao suporte técnico fornecido para lidar com problemas relacionados a aplicações obsoletas. Isso pode incluir despesas com pessoal de suporte e contratos de manutenção.
  4. Perda de Oportunidades de Negócios: Considere o impacto das aplicações obsoletas na capacidade da empresa de adotar inovações tecnológicas e responder às necessidades do mercado. Isso pode resultar na perda de oportunidades de negócios e na diminuição da competitividade.
  5. Feedback dos Usuários: Colete feedback dos usuários sobre a usabilidade e a eficiência das aplicações obsoletas. Problemas frequentes relatados pelos usuários podem indicar um impacto significativo nas operações.
  6. Segurança: Avalie o risco de segurança associado às aplicações obsoletas. Sistemas desatualizados são mais suscetíveis a vulnerabilidades e ameaças de segurança, o que pode resultar em violações de dados e custos significativos relacionados à recuperação e reparo.
  7. Retenção e Aquisição de Talentos: Considere como as aplicações obsoletas afetam a satisfação dos funcionários. A falta de ferramentas modernas pode dificultar a retenção de talentos e a aquisição de novos profissionais qualificados.
  8. Eficiência Operacional: Avalie como as aplicações obsoletas afetam a eficiência das operações internas. Isso pode incluir atrasos no processamento de pedidos, erros de comunicação e outros obstáculos à produtividade.
  9. Custos de Licenciamento e Suporte: Calcule os custos contínuos de licenciamento e suporte para manter aplicações obsoletas em funcionamento. Esses custos podem ser altos, especialmente se o fornecedor estiver descontinuando o suporte.
  10. Impacto na Imagem da Empresa: Considere como a presença de sistemas obsoletos afeta a percepção dos clientes e parceiros em relação à empresa. Isso pode ter implicações na reputação da marca e na confiança do cliente.

Como identificar um software obsoleto?

A identificação de um software obsoleto pode ser um passo importante na gestão de tecnologia da informação (TI) de uma organização. Aqui estão algumas maneiras de identificar um software obsoleto:

  1. Verificação da Última Atualização: Uma das maneiras mais óbvias de identificar um software obsoleto é verificar a data da última atualização ou lançamento. Se o software não foi atualizado por um longo período de tempo, é um sinal de que ele pode estar obsoleto.
  2. Compatibilidade com Sistemas Operacionais: Se um software não é mais compatível com os sistemas operacionais mais recentes, é um indicador de obsolescência. Isso pode resultar em problemas de desempenho, segurança e funcionalidade.
  3. Falta de Suporte e Atualizações de Segurança: Se o fabricante não oferece mais suporte ou atualizações de segurança para o software, isso é um sinal claro de que ele está obsoleto e pode representar um risco de segurança.
  4. Problemas de Desempenho: Softwares obsoletos podem apresentar problemas de desempenho, como lentidão, travamentos frequentes e erros. Esses problemas podem afetar a produtividade e a eficiência dos usuários.
  5. Incompatibilidade com Novos Requisitos: Se o software não atende mais aos requisitos da empresa, como integração com outras ferramentas, suporte a novos formatos de arquivo ou requisitos de segurança, ele pode ser considerado obsoleto.
  6. Feedback dos Usuários: Ouça o feedback dos usuários. Se eles estão relatando problemas frequentes com o software ou expressando insatisfação com sua usabilidade, isso pode ser um sinal de obsolescência.
  7. Análise de Ciclo de Vida: Considere o ciclo de vida do software. Alguns softwares têm ciclos de vida definidos pelo fabricante, após os quais não são mais mantidos. Se o software estiver além desse período, é provável que esteja obsoleto.
  8. Tecnologias e Recursos Desatualizados: Se o software não utiliza tecnologias ou recursos mais recentes que são comuns em aplicativos modernos, isso pode ser um indicativo de obsolescência. Aqui cabe por exemplo se o software é um monolito , lembrando que aplicações monolíticas são mais complicadas e custosas para escalar por exemplo
  9. Alternativas Mais Modernas Disponíveis: Pesquise se existem alternativas mais modernas e eficazes disponíveis no mercado. Se houver opções melhores, pode ser hora de considerar a substituição do software obsoleto.
  10. Avaliação de Impacto: Realize uma avaliação do impacto do software obsoleto na organização, levando em consideração questões como custos de manutenção, segurança, eficiência operacional e compatibilidade (explicado acima).
  11. Consultoria de Especialistas: Em alguns casos, pode ser útil buscar a opinião de especialistas em TI ou consultores que possam avaliar a obsolescência do software e recomendar soluções adequadas.
  12. Documentação desatualizada ou ineficiente: A documentação não ajuda mais? não consegue descrever o que o software executa, ou mesmo não segue as alterações feitas no código fonte.
  13. Mão de obra: falta de programadores que conhecem a tecnologia de seu software legado.

Lembrando que identificar um software como obsoleto não significa necessariamente que ele deve ser substituído imediatamente. Às vezes, existem razões válidas para continuar usando um software obsoleto temporariamente, como custos de migração elevados ou dependências críticas. No entanto, é importante estar ciente dos riscos e tomar medidas adequadas para gerenciar a obsolescência e planejar a modernização quando necessário.

Como identificar o custo de um software obsoleto?

A identificação do custo de um software obsoleto envolve uma análise abrangente dos diversos aspectos que podem impactar uma organização. Aqui estão alguns passos que podem ajudar a identificar o custo de um software obsoleto:

  • Custo de Manutenção: Avalie quanto a organização gasta em manutenção regular do software obsoleto. Isso inclui o tempo e os recursos da equipe de TI dedicados a corrigir bugs, aplicar patches de segurança e lidar com problemas de compatibilidade.
  • Tempo de Inatividade: Calcule os custos associados ao tempo de inatividade causado por problemas relacionados ao software obsoleto. Isso pode incluir a perda de produtividade dos funcionários e a interrupção de processos de negócios.
  • Perda de Oportunidades de Negócios: Avalie como o software obsoleto pode estar prejudicando as oportunidades de negócios. Isso inclui perdas de vendas, clientes insatisfeitos e a incapacidade de aproveitar oportunidades de mercado devido à falta de funcionalidades modernas.
  • Retenção e Aquisição de Talentos: Considere como a presença de software obsoleto afeta a retenção de talentos e a aquisição de novos profissionais de TI. A falta de ferramentas modernas pode dificultar a contratação e manutenção de talentos qualificados.
  • Perda de Competitividade: Avalie como o software obsoleto pode prejudicar a capacidade da empresa de competir no mercado. Isso pode resultar em perda de participação de mercado e receita.
  • Custos Ocultos: Esteja atento a custos ocultos que podem surgir devido ao software obsoleto, como a necessidade de contratar consultores ou especialistas para resolver problemas complexos.

Quando e por que modernizar

Podemos citar 6 gatilhos para modernização em 2 perspectivas diferentes:

Perspectivas do negocio:

  • Valor ao negócio – o legado não adiciona mais valor, falta de qualidade nas informações;
  • Adaptação ao negócio – novos requisitos e funcionalidades não podem mais ser atendidos pelo sistema atual, nova demanda necessita de dados que não foram previstos;
  • Agilidade – difícil de implementar atualizações e disponibilizar rapidamente ao negocio

Perspectivas de TI

  • Custo – os custos diretos e indiretos da aplicação são maiores do que o valor de retorno, a empresa gasta mais ao manter, operar e modificar do que fazer a reescrita;
  • Complexibilidade – muito alta aliada a tecnologia antiga e defasada, impacta na manutenabilidade do sistema aumentando o custo e risco de uma alteração;
  • Risco – apresenta risco de segurança, risco de não conseguir escalar quando necessário, aumento de demanda aliado a dificuldade de elevar o potencial do software.

Existem muitos outros gatilhos e talvez mais perspectivas, as apresentadas são somente algumas.

Como definir a estratégia de modernização

Definir uma estratégia de modernização é essencial para garantir o sucesso do processo de atualização de software ou sistemas de TI. Temos várias que podemos optar:

  • Replatform (Replataforma): Migração para uma nova plataforma sem modificar o código-fonte.
  • Revise (Revisar): Auditoria e otimização do sistema legado.
  • Replatform to Serverless (Replataforma para Serverless): Migração para arquitetura serverless.
  • API-First Approach (Abordagem de API em Primeiro Lugar): Exposição de componentes como serviços através de APIs.
  • Decomposição de Monólitos (Microservices): Divisão de aplicativos em microservices independentes.
  • Modernização de Interface de Usuário (UI/UX): Atualização da interface do usuário.
  • Migração para a Nuvem (Cloud Migration): Transferência para a infraestrutura de nuvem.
  • Modernização de Dados (Data Modernization): Atualização de estratégias de gerenciamento de dados.
  • Automação de Processos (Process Automation): Automação de fluxos de trabalho.
  • Implementação de IA e Machine Learning (AI/ML Implementation): Uso de IA e ML.
  • Modernização Orientada por Negócios (Business-Driven Modernization): Priorização com base em metas comerciais.
  • Modernização Contínua (Continuous Modernization): Melhorias incrementais contínuas.

Uma abordagem que particularmente gosto é a aplicação da estratégia dos 6 R´s (Rehost, Refactor, Rearchitect, Rebuild, Replace e Retain) é uma abordagem comum para avaliar e determinar como modernizar aplicativos e sistemas legados. Aqui está como você pode definir uma estratégia de modernização usando os 6 R’s:

  1. Rehost (Rehospedagem):
    • O Rehost envolve a migração de aplicativos legados para uma nova infraestrutura sem modificar significativamente seu código. Essa abordagem é adequada quando o objetivo principal é a redução de custos de hospedagem e a manutenção da funcionalidade existente.
    • Defina a estratégia Rehost identificando a infraestrutura de destino, como servidores virtuais ou a nuvem, e o processo de migração necessário.
    • Avalie os custos envolvidos na rehospedagem e como ela afetará a escalabilidade, desempenho e segurança dos aplicativos.
  2. Refactor (Refatoração):
    • A abordagem Refactor envolve a otimização do código e a reestruturação do aplicativo sem alterar sua funcionalidade principal. É apropriada quando a base de código existente pode ser aprimorada.
    • Defina a estratégia Refactor identificando áreas de código que podem ser otimizadas, melhorando o desempenho, a escalabilidade ou a eficiência.
    • Avalie os custos e benefícios da refatoração em termos de tempo, recursos e impacto nas operações.
  3. Rearchitect (Rearquitetura):
    • O Rearchitect envolve a recriação do aplicativo com uma arquitetura completamente nova. Isso é apropriado quando a arquitetura atual é obsoleta ou inadequada.
    • Defina a estratégia Rearchitect identificando a nova arquitetura desejada, tecnologias e frameworks a serem utilizados e o plano de migração.
    • Avalie os custos e o cronograma da rearquitetura, bem como os benefícios esperados em termos de desempenho, escalabilidade e flexibilidade.
  4. Rebuild (Reconstrução):
    • A abordagem Rebuild envolve a recriação do aplicativo do zero, mantendo a mesma funcionalidade, mas com tecnologias e arquitetura modernas. Isso é adequado quando a base de código existente é irreparável ou obsoleta.
    • Defina a estratégia Rebuild identificando as tecnologias e frameworks a serem utilizados na reconstrução e o plano de desenvolvimento.
    • Avalie os custos e o cronograma da reconstrução, bem como os benefícios em termos de desempenho, escalabilidade e manutenibilidade.
  5. Replace (Substituição):
    • A abordagem Replace envolve a substituição completa do aplicativo legado por uma solução pronta ou de terceiros que atenda às necessidades da organização. Isso é apropriado quando uma solução existente não pode ser modernizada efetivamente.
    • Defina a estratégia Replace identificando as soluções alternativas disponíveis no mercado, como software comercial ou sistemas personalizados.
    • Avalie os custos de aquisição, implementação e integração da nova solução, bem como os benefícios em termos de funcionalidade e escalabilidade.
  6. Retain (Manter):
    • A abordagem Retain envolve a decisão de manter o aplicativo legado sem fazer grandes alterações. Isso pode ser adequado quando o aplicativo ainda atende às necessidades da organização e os custos de modernização são proibitivos.
    • Defina a estratégia Retain, considerando a manutenção contínua, monitoramento de segurança e eventuais melhorias incrementais.
    • Avalie os custos de manutenção contínua e os riscos associados à retenção do aplicativo legado.

Como implantar? e principalmente, como ter sucesso na migração?

A implantação bem-sucedida da modernização de TI requer um planejamento cuidadoso e uma abordagem sistemática. Aqui estão as etapas chave para implantar a modernização de forma eficaz:

  1. Defina Metas Claras:
    • Antes de iniciar qualquer projeto de modernização, defina metas claras e mensuráveis. O que você espera alcançar com a modernização? Isso pode incluir melhorias de desempenho, redução de custos, aumento da segurança, entre outros.
  2. Estabeleça um Time de Projeto:
    • Monte uma equipe de projeto composta por membros com habilidades técnicas relevantes e conhecimento do sistema a ser modernizado. Isso inclui desenvolvedores, engenheiros de TI, especialistas em segurança, gerentes de projeto, entre outros.
  3. Avalie o Estado Atual:
    • Realize uma análise completa do sistema ou aplicativo legado. Isso inclui revisar o código-fonte, a arquitetura, a infraestrutura, os dados e quaisquer problemas de segurança.
  4. Escolha a Estratégia de Modernização Adequada:
    • Com base na análise do estado atual, escolha a estratégia de modernização apropriada, como Rehost, Refactor, Rearchitect, Rebuild, Replace ou Retain. Pode ser necessário usar várias estratégias em combinação.
  5. Elabore um Plano Detalhado:
    • Desenvolva um plano de projeto detalhado que inclua objetivos específicos, escopo, cronograma, recursos necessários, orçamento e marcos de progresso.
  6. Migração de Dados:
    • Se a modernização envolver a migração de dados, planeje e execute essa etapa com muito cuidado. Certifique-se de que os dados sejam transferidos com precisão e integridade.
  7. Desenvolvimento e Testes:
    • Se a modernização incluir desenvolvimento de software, siga as práticas recomendadas de desenvolvimento, como o uso de metodologias ágeis. Realize testes rigorosos para garantir que o sistema funcione conforme o esperado.
  8. Treinamento da Equipe:
    • Forneça treinamento adequado para a equipe que usará o sistema modernizado. Isso inclui desenvolvedores, administradores de sistemas, usuários finais e outros envolvidos.
  9. Implantação Piloto:
    • Antes de implantar amplamente, conduza uma implantação piloto do sistema modernizado para identificar problemas e realizar ajustes conforme necessário.
  10. Implantação em Produção:
    • Após o sucesso do piloto, implante o sistema modernizado em produção. Certifique-se de ter um plano de contingência em caso de problemas.
  11. Monitoramento e Manutenção:
    • Implemente sistemas de monitoramento contínuo para acompanhar o desempenho, a segurança e a confiabilidade do sistema modernizado. Realize manutenção regular para corrigir problemas e garantir a estabilidade.
  12. Avaliação Contínua:
    • Após a implantação, avalie regularmente o sistema modernizado em relação às metas estabelecidas. Faça ajustes conforme necessário para atender às necessidades em evolução da organização.
  13. Comunique-se com as Partes Interessadas:
    • Mantenha todas as partes interessadas informadas sobre o progresso da modernização e quaisquer impactos nas operações comerciais.
  14. Documentação Adequada:
    • Mantenha documentação detalhada sobre o sistema modernizado, incluindo arquitetura, configurações, procedimentos de segurança e informações de suporte.
  15. Aprenda com a Experiência:
    • Avalie o projeto de modernização após a conclusão para identificar lições aprendidas e áreas de melhoria para projetos futuros.

Estágios da modernização

Aqui apresento minha visão, basicamente 4 estágios: Avaliação da arquitetura existente, proposição de estratégias de modernização, entregas parciais e acompanhamento da operação.

Relatórios de modernização podem e devem ser criados, uso de ADR´s também são bem vindos na fase de estruturação da estratégia (para saber mais sobre ADR (architecture decision records) visite o meu artigo aqui)

Mudança de paradigma

Software é igual a uma planta, tem que cuidar, sem manutenção tudo se desgasta e se deteriora com o tempo.

Um renomado cientista da computação chamado Meir M. Lehman, criou um conjunto de “leis”, as chamadas “Leis de Lehman” que descrevem os princípios gerais do ciclo de vida de sistemas de software, incluindo sistemas legados. Essas leis oferecem uma perspectiva sobre como os sistemas de software evoluem e mudam ao longo do tempo. Aqui estão as principais leis de Lehman relacionadas aos sistemas de software:

  • Lei da Continuidade: Sistemas de software que são usados continuamente em um ambiente real devem ser continuamente adaptados, caso contrário, se tornarão progressivamente menos satisfatórios para os usuários;
  • Lei da Complexidade Crescente: À medida que um sistema de software evolui, sua complexidade tende a aumentar, a menos que sejam feitos esforços específicos para reduzi-la. Isso ocorre devido à adição de novos recursos e à acumulação de correções e ajustes;
  • Lei da Complexidade Crescente: À medida que um sistema de software evolui, sua complexidade tende a aumentar, a menos que sejam feitos esforços específicos para reduzi-la. Isso ocorre devido à adição de novos recursos e à acumulação de correções e ajustes;
  • Lei da Conservação da Familiaridade: Sistemas de software tendem a evoluir para se manterem familiares para seus usuários. Isso significa que as interfaces e funcionalidades existentes são mantidas para evitar a confusão dos usuários, mesmo que haja maneiras mais eficientes ou melhores de realizar tarefas;
  • Lei da Migração de Sistema: Sistemas de software são sempre usados. Se um sistema não for usado, ele não será mais necessário e será eliminado;
  • Lei da Auto-Regulamentação: À medida que um sistema de software evolui, ele se auto-regula para se manter funcional e operacional, adaptando-se a mudanças em seu ambiente e corrigindo erros;
  • Lei da Qualidade Decrescente: A qualidade percebida de um sistema de software tende a diminuir ao longo do tempo, a menos que sejam feitos esforços contínuos para melhorá-la. Isso ocorre porque novos defeitos podem ser introduzidos durante o desenvolvimento ou a manutenção do sistema;
  • Lei da Síndrome do Usuário Final: Usuários finais querem funcionalidades novas e adicionais em um sistema de software, mas quando essas funcionalidades são adicionadas, elas se tornam insatisfeitas com o software existente e veem o sistema como “antigo”;
  • Lei da Ciclicidade: Sistemas de software podem passar por ciclos repetidos de crescimento e declínio em sua complexidade, desempenho e utilidade ao longo do tempo

Essas “leis” destacam a importância da adaptação contínua, do gerenciamento da complexidade e do atendimento às necessidades dos usuários finais ao lidar com sistemas de software em evolução.

As empresas fazem isso? ou funcionam na base daquele velho ditado “em time que está ganhando não se mexe”?

Quem deve propor a modernização? o desenvolvedor? o gerente de projeto? o usuário?

Deveríamos ter setores nas empresas que deveriam ter a responsabilidade de gerir softwares legados?

Profissionais de tecnologias que estão iniciando agora querem trabalhar com tecnologias legadas, muitas criadas e utilizadas até antes do seu nascimento?

Bom enfim são varias questões que envolvem o tema!

Se leu e chegou até aqui agradeço muito e fico a disposição!

Até o próximo artigo!

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